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Período: entre  6 meses e 1 ano

O intercambista não precisa fazer o mesmo curso que faz na universidade de origem.

Exemplos no Especial: Lamine

Ceará: um estado que recebe

É muito fácil pensar nos benefícios de se fazer um intercâmbio: ter experiências fora do seu país natal, conhecer pessoas de outros lugares do mundo e fazer parte de outra cultura são algumas das respostas que vêm automaticamente ao pensarmos sobre o assunto. Mas a parte acadêmica não pode ser deixada de lado, afinal de contas um intercâmbio não é apenas uma troca cultural, é também uma troca de conhecimento acadêmico que enriquece ambas as partes envolvidas.

 

“Esse é um programa muito importante, porque ele dá oportunidade a esses estudantes de ter a formação que eles desejam para poder contribuir com o desenvolvimento do seu país.”, explica a professora Massília Dias, coordenadora do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que traz anualmente alunos internacionais para a Universidade Federal do Ceará (UFC), prioritariamente de países africanos e sul-americanos.

 

Mas existem vários acordos, convênios e formas de estudar fora do país, que podem mudar dependendo de cada país e instituição. Durante nossa pesquisa, identificamos três dos modos mais comuns que os alunos internacionais de graduação chegam na UFC: os programas-convênio, a mobilidade acadêmica e o intercâmbio independente, feito por alunos vindos de instituições sem convênio com a UFC.

Período: entre 1 à 6 meses

A pessoa pode cursar algumas disciplinas que vão valer na grande do seu páis de origem.

Exemplo no especial: Munê

Mobilidade

Acadêmica

Período: Graduação/Pós-Graduação/Mestrado integral.

Programas como PEC-G e OEA mandam alunos para estudar com bolsa nas universidades brasileiras. 

Exemplos no Especial: Eduin, Marek e Evy

Programas-Convênio

Intercâmbio

Normal

O PEC-G foi criado nos anos 60 com o intuito de regularizar a situação dos estudantes internacionais no Brasil, que aumentaram consideravelmente em número nessa década. Desde então, o programa passou por reformas e trouxe mais de nove mil estudantes para o Brasil nos últimos dez anos.

 

A África é o continente de origem da maioria desses estudantes. Lá, os países que mais mandam seus alunos para o Brasil são Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola. Na América Latina, os países que mais mandam seus alunos são o Paraguai, o Equador e o Peru. Por fim, o país asiático mais presente nas universidades através do programa é o Timor Leste.

 

O PEC-G tem um grande alcance: são 60 países participantes, sendo 26 africanos, 25 das Américas e 9 asiáticos. Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné Bissau e o asiático Timor Leste já possuem o português como língua oficial, mas mesmo os alunos que vêm desses países enfrentam dificuldades linguísticas ao chegar aqui. Então que ferramentas são oferecidas a esses estudantes para auxiliar na sua adaptação à nova língua e cultura?

Países Conveniados (PEC-G) - Números dos últimos 10 anos

Estudantes ao longo dos anos

Estudantes por continentes

Acolhimento

Na UFC, o Programa de Apoio ao Intercambista é o responsável pela recepção e introdução dos novos ingressantes, fornecendo “padrinhos” nas primeiras semanas de estadia deles aqui. O intuito é ajudá-los a conhecer a universidade, não só fisicamente mas também seu funcionamento burocrático, e fazer novos amigos. Os padrinhos também ajudam no contato de repúblicas e apartamentos para morar.

 

Ítalo Cavalcante, que idealizou o programa quando estava na graduação, afirma que apesar dos esforços nem todos os estudantes são contemplados: “Muitos não passam pra gente o endereço de e-mail, então a gente fica limitado à maioria de estudantes europeus e sul-americanos”. Isso causa uma complicação na adaptação e inserção dos alunos, majoritariamente vindos de países africanos, que não tem acesso ao programa e demoram mais para entender e se acostumar com a universidade.             

 

Na Unifor, outra universidade cearense que também recebe esses alunos, existe o Buddy Program, semelhante ao formato existente na UFC, no qual alunos que se voluntariam são contatados para ajudar os recém-chegados. “Eu já fiz intercâmbio antes, então eu sei como é chegar em um país novo sem conhecer ninguém. Fiquei muito feliz de poder ajudar o meu amigo colombiano a se adaptar não só à Unifor mas também a Fortaleza.” conta a estudante Natália Coelho, sobre a experiência de “apadrinhar” um aluno estrangeiro.   

Com relação à língua, a UFC possui o projeto de extensão “Português Língua Não-Materna: Língua e Cultura Brasileiras”, que oferece aulas de português exclusivamente para os alunos estrangeiros da universidade. A Casa de Cultura Portuguesa também oferece o curso de português como língua estrangeira, que por sua vez é aberto a todo o público internacional que necessite aprender a língua.

Fonte: @CulturaUFC

Segundo a professora Eulália Leurquin, coordenadora do “Português Língua Não-Materna”,  a necessidade do surgimento do projeto surgiu de duas necessidades: da pós-graduação e da extensão. "Eu precisava ter um curso de português pra minha aluna gerar os dados dela, e eu descobri essa grande necessidade que precisava de investimento da UFC, que era dar as condições aos alunos estrangeiros de assistir aula de uma maneira mais produtiva.”   

 

O retorno dos alunos é visto pela continuidade no curso e a indicação para amigos. O “Português Língua Não-Materna” possui três níveis: os dois primeiros são para estudantes da graduação, focados no uso da língua em situações práticas do cotidiano, e o terceiro é focado nos estudantes de pós-graduação, ensinando a linguagem acadêmica de resenhas, artigos e normas ABNT.  

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